Apesar da piora da dívida pública e queda da bolsa, nosso resultado foi modesto.
No Brasil, o mês foi marcado pela deterioração do cenário fiscal após a dívida pública nominal atingir novo recorde, ultrapassando a dívida registrada durante a pandemia da covid-19. A piora dos gastos públicos com as despesas permanentes do Governo (saúde, educação e Previdência) elevaram as preocupações com a inflação e os juros para os próximos anos.
Já no exterior, o grande tema continua sendo a expectativa para o início de quedas nos juros americanos. Mesmo com os recentes dados de inflação comportados, a atividade econômica segue robusta e o mercado de trabalho aquecido, e desta forma, os agentes de mercados consideram que os juros devem permanecer elevados por mais tempo.
Diante deste cenário, a rentabilidade dos investimentos da WEGprev foi positiva em +0,73%no mês. O gráfico a seguir mostra a contribuição de cada segmento, positiva ou negativa, de acordo com o volume aplicado.
Obs: Cota informada acima é prévia, sujeita a pequenos ajustes.
Segue comparativo de rentabilidade dos últimos 5 anos:
Brasil: Os ativos brasileiros tiveram desempenho negativos no mês, em resposta à piora da credibilidade fiscal e a maior expectativa de juros futuros.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, teve queda de -3,0% no mês, acumulando queda de -9,0% no ano. Os investidores estrangeiros continuaram retirando capital da bolsa brasileira pelo quinto mês consecutivo, sendo que o saldo negativo já ultrapassou R$ 35 bilhões no ano.
No segmento de renda fixa, o IMA-B, que é um índice formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA, apresentou alta de +1,33% e contribuiu positivamente para o nosso resultado.
Já a moeda brasileira (BRL) obteve desvalorização de -1,3% ante o dólar americano, acumulando queda de -8,3% no ano.
A dívida pública bruta do país em proporção ao PIB (Produto Interno Bruto) fechou abril em 76,0%, alta de 0,3% contra o mês anterior. O déficit nominal atingiu novo recorde de R$ 1,04 trilhão nos últimos 12 meses, ultrapassando em aproximadamente R$ 260 milhões o recorde anterior, registrado em janeiro de 2021 no auge da pandemia da covid-19.
Com a piora nas expectativas das contas públicas locais e os juros americanos elevados por mais tempo, os agentes de mercado elevaram as expectativas dos juros futuros, impactando a maioria dos ativos locais, especialmente os mais expostos à riscos de mercado. No momento os economistas projetam apenas mais um corte na taxa Selic, fechando o ano em 10,25%, muito acima da taxa de 9,0% prevista no início do ano.
A taxa de desemprego segue em patamares baixos. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril, sendo o menor índice para o período em 10 anos.
Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em maio:
Exterior: O mercado como um todo segue avaliando o início das quedas dos juros americanos que vem sendo postergado nos últimos meses.
Nos Estados Unidos, apesar dos juros elevados, o processo de desaceleração da inflação segue em ritmo lento, devido ao robusto crescimento econômico e ao mercado de trabalho aquecido. Desta forma, os agentes de mercado estão postergando o início das quedas dos juros na maior economia do planeta, o que tem estimulado a fuga de capital de países emergentes como o Brasil, pressionando o câmbio e a bolsa.
O índice S&P 500 (maior índice da bolsa americana), atingiu seu recorde histórico durante o mês e fechou com forte alta de +4,8%, impulsionado pelas empresas de tecnologia. No ano, o índice acumula alta de +10,6%.
Já na Zona do Euro, apesar da alta recente da inflação, o crescimento da economia segue bem abaixo dos padrões históricos e os agentes de mercado consideram que o ciclo de quedas dos juros deve iniciar já nos próximos meses.
Em relação a China, o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou a projeção de crescimento econômico do ano para 5%, após um forte crescimento registrado no primeiro trimestre em virtude do crescimento das exportações. Apesar da preocupação com a deflação e a fraca demanda interna, as autoridades chinesas lançaram novas medidas de estímulo à economia e causou melhora no sentimento do mercado, inclusive no setor imobiliário que vem enfrentando sérios problemas ao longo dos últimos anos.
As bolsas internacionais encerraram o mês com o seguinte desempenho: