O aumento dos juros futuros americanos, piora das contas públicas do Brasil e a escalada do conflito no Oriente Médio impactaram nosso resultado
No Brasil, o mês foi marcado pela piora do cenário fiscal com um novo déficit do Governo Central, que apesar de aumentar a arrecadação com o aumento da carga tributária, não consegue conter o aumento de gastos públicos. Com esta tendência negativa, o Governo alterou as metas fiscais de superávit primário para os próximos dois anos, o que fragilizou o arcabouço fiscal implementado pela equipe econômica atual.
Já no exterior, com a persistência da inflação americana e a atividade econômica forte, os agentes de mercado postergaram o início do ciclo de cortes nos juros e esta alta nas taxas dos juros futuros, impactou negativamente os ativos globais. Outro fator que elevou as preocupações nos mercados foi a escalada do conflito no Oriente Médio, após a troca de ataques entre o Irã e Israel.
Diante deste cenário, a rentabilidade dos investimentos da WEGprev foi negativa em -1,18% no mês. O gráfico a seguir mostra a contribuição de cada segmento, positiva ou negativa, de acordo com o volume aplicado.
Obs: Cota informada acima é prévia, sujeita a pequenos ajustes.
Segue comparativo de rentabilidade dos últimos 5 anos:
Brasil: Os ativos brasileiros tiveram desempenho negativos no mês, em resposta à piora do cenário fiscal e a maior expectativa de juros futuros.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, teve queda de -1,7% no mês, acumulando queda de -6,2% no ano. Os investidores estrangeiros continuaram retirando capital da bolsa brasileira pelo quarto mês consecutivo, sendo que o saldo negativo já ultrapassou R$ 34 bilhões no ano.
No segmento de renda fixa, o IMA-B, que é um índice formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA, apresentou queda de -1,61%.
Já a moeda brasileira (BRL) obteve desvalorização de -3,5% ante o dólar americano, acumulando queda de -6,8% no ano. Além do desempenho em relação à moeda brasileira, o dólar americano vem se fortalecendo contra várias moedas globais no ano.
Com a piora nas expectativas das contas públicas do Brasil para os próximos anos e o aumento da incerteza sobre os juros americanos, o Banco Central (BC) sinalizou que deve reduzir o ritmo de cortes na taxa básica de juros (SELIC) e os agentes de mercado seguem com cautela em relação ao posicionamento dos ativos locais em prazos mais longos.
A taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano ficou em 7,9%, sendo o menor índice para o período dos últimos 10 anos, quando atingiu 7,2%.
Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em abril:
Exterior: Nos mercados globais, o mês foi marcado por forte queda dos ativos, influenciado principalmente pela persistência da inflação americana e a escalada do conflito no Oriente Médio.
Nos Estados Unidos, o mês foi marcado pela alta da inflação e atividade econômica robusta. Estes fatores levaram os agentes de mercado a reduzirem significativamente as chances do FED (Banco Central Americano) começar a cortar os juros básicos em meados do ano. Desta forma, os juros devem permanecer elevados na maior economia do planeta, o que pode estimular a fuga de capital de países emergentes como o Brasil, pressionando o câmbio e a bolsa.
Com a alta dos juros futuros, o maior índice da bolsa americana (S&P 500), fechou com forte queda de -4,2%, mas acumula alta de +5,6% no ano, influenciado principalmente pelas empresas de tecnologia.
Outro tema que impactou os ativos globais foi a escalada do conflito no Oriente Médio. Após várias trocas de retaliações nas últimas semanas entre Irã e Israel, o país islâmico realizou ataques contra Israel alegando defesa contra o ataque a embaixada iraniana na Síria. Por outro lado, as autoridades iranianas amenizaram o tom em relação ao ataque, o que aparentemente atenuou uma escalada maior do conflito na região.
Já na Zona do Euro, os dados vieram melhores que o esperado. A inflação segue comportada e elevou a expectativa para o início do ciclo de cortes na taxa de juros, embora o Banco Central Europeu (BCE) segue com cautela no discurso. O índice de confiança dos investidores melhorou pelo sétimo mês consecutivo, assim como a atividade empresarial que cresceu no maior ritmo desde maio passado.
Na China, o mês foi de forte recuperação dos ativos de risco, que foram impulsionados pela declaração que o país intensificará o apoio à economia, por meio de novos estímulos e maior flexibilidade das políticas internas.
As bolsas internacionais encerraram o mês com o seguinte desempenho: