Reabertura da China e desaceleração da inflação americana impulsionaram o mercado
O mês de janeiro foi positivo no mercado local com destaque para a entrada de investidores estrangeiros que resultou na valorização da moeda brasileira, embora a invasão nas sedes dos três Poderes e a divulgação de inconsistências contábeis de uma grande companhia do setor varejista, tenha causado estragos nos mercados de crédito e de capitais.
Já no exterior, o mês foi de forte recuperação. As principais bolsas terminaram positivas, influenciadas pela reabertura da China após quase três anos de rígidos controles para combater o coronavírus e os novos indicadores que demonstram a desaceleração da inflação americana.
Em janeiro, com este cenário mais positivo a rentabilidade dos investimentos da WEGprev foi de +1,37%. O gráfico a seguir mostra a contribuição positiva ou negativa de acordo com o volume aplicado em cada segmento.
Nos últimos 12, 24 e 36 meses a rentabilidade dos investimentos da WEGprev acumula +8,5% (67% do CDI), +15,22% (82% do CDI) e +22,12% (103% do CDI) respectivamente.
Obs: Cota informada acima é prévia, sujeita a pequenos ajustes.
Atenção: Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura.
Abaixo seguem maiores informações do comportamento do mercado financeiro ao longo do mês que impactaram o resultado.
Brasil: O início do novo governo trouxe várias incertezas sobre o projeto fiscal e o endividamento público no longo prazo, o que elevou as projeções de inflação e postergou a expectativa de corte nas taxas de juros básicos. Porém, com o vento favorável vindo do exterior, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, subiu +3,37% depois de muitas oscilações durante o mês.
Com o ruído político e as preocupações fiscais, as taxas dos títulos públicos com vencimentos acima de 5 anos apresentaram forte queda (-1,26%) e impactaram negativamente nosso resultado mensal.
O índice de confiança empresarial (ICE), medido pela Fundação Getúlio Vargas, registrou queda de 2,1 pontos e atingiu 88,6 pontos, sendo a quarta queda consecutiva. Esta nova queda reflete a continuidade da tendência de desaceleração da atividade econômica iniciada no quarto trimestre de 2022 e as expectativas pouco otimistas para a evolução da economia no curto prazo.
Em relação a inconsistência contábil informado pela Companhia Americanas que atingiu grande parte do mercado financeiro, a WEGprev informa que o impacto no resultado mensal foi irrelevante. Na data do evento, havia somente pequena exposição indireta (gestores terceirizados) em renda variável e fundos de crédito privado.
O destaque positivo da nossa economia foi a nova queda da taxa de desemprego, que caiu para 8,1% até novembro, sendo a menor taxa desde abril de 2015. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a queda da taxa de desemprego perderá o fôlego ao longo do ano, devido ao cenário de economia mundial desafiadora e instabilidade geopolítica.
Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em janeiro:
Exterior: Com a desaceleração da inflação global, os bancos centrais dos países desenvolvidos têm sinalizado menor necessidade de elevar os juros e consequentemente, melhoraram as expectativas de crescimento econômico. A reabertura da China também impulsionou as expectativas de maior crescimento econômico global.
Nos Estados Unidos, cresceu a expectativa de que o FED (órgão equivalente ao Copom no Brasil) irá subir menos os juros. Esta sinalização é positiva, pois demonstra que a inflação acumulada tem desacelerado, mesmo sem causar muito dano ao mercado de trabalho que continua aquecido.
Na China, a forte recuperação registrada em janeiro veio na esteira da suspensão da política de covid-zero e da mobilidade das pessoas, com destaque para o setor de consumo que assim como outros indicadores, melhoraram significativamente. Por outro lado, este forte aumento no consumo pode elevar os níveis globais de inflação, assim como as expectativas de juros.
Já na Zona do Euro, os recentes dados de atividade econômica superaram as expectativas e afastou a perspectiva de recessão no período. Porém, com dados de inflação ainda em patamares elevados devido principalmente à crise energética, o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar elevando as taxas de juros e comprometer o crescimento sustentável da economia.
As bolsas internacionais encerraram o mês com o seguinte desempenho: